sábado, 31 de março de 2012

Militância de Consciência e Ação


A revista Time elegeu em 2011 o “manifestante” como a personalidade do ano. E eu vibrei com esta escolha.
Ás manifestações no ano passado, que ocorreram em várias partes do mundo como os protestos da praça tahrir, os protestos na grécia, dos indignados do ocupe wall street, dos indignados na espanha, a marcha contra a corrupção que aconteceu em brasilia, as lutas  dos homossexuais contra a homofobia e seus direitos no brasil, as mobilizações estudantis no chile, os protestos na usp,  as lutas e  passeatas pelos direitos dos animais, tiveram como bandeira e discurso a exigência de justiça social e econômica. Foram movimentos populares engajados não só por questões do meio ambiente, da paz, dos direitos civis e humanos. Mas clamavam  por ética, moralidade, liberdade de expressão, liberdade de organização e inclusão social a bens de consumo como moradia, saúde, educação e trabalho. As dificuldades financeiras e o desemprego mundial não foram os únicos fatores que motivaram estas manifestações.  

Os protestos, agitações, mobilizações, greves, passeatas e ocupações que ocorreram em todo o mundo se mobilizaram também contra o ódio, a fome, a violência, o medo, o egoísmo, a desonestidade, o tráfico de influências, a corrupção e a inércia politica. E foram à favor da boa vontade, do bom senso, da fraternidade, pela ética, moral e pelo bem estar coletivo.
Eu penso ques estas bem sucedidas formas de mobilização e manifestação das pessoas contra a repressão, a censura, a imposição, o controle e os privilégios desmonstram que é preciso ter sim uma postura engajada diante de tantas injustiças e desvarios sociais. Não podemos como cidadãos que vivem em uma "democracia" seguir adiante como espectadores da realidade. Temos sim de agir como agentes transformadores da mesma realidade. Uma realidade que favoreça a toda a coletividade. Medo, temor, silêncio e renúncia não fazem mais parte das reações ou atitudes do cidadão mundial. A luta dos manifestantes mostra que cidadãos livres não querem ser mais governados por uma minoria opressora. A sociedade não tolera e não admite mais os excessos do poder, a impunidade, a corrupção e os privilégios de classes. O engajamento é por cidadania. A luta é por sistemas socioeconômicos e politicos mais justos e igualitários.

Desejo a partir deste ano, que o anseio de fraternidade norteie a conduta de todos os seres humanos no planeta, na busca e materialização de um mundo mais justo e igualitário. Que prevaleça uma cultura de consciência pacífica com respeito às diferenças e diversidades de todo os povos. Se houver diálogo, respeito e tolerância às diferenças, então poderemos transformar o mundo.
Eu sinto uma mudança profunda de mentalidade das pessoas. Uma nova visão da vida mais centrada nas aspirações, desejos e realizações humanas. As manifestações mostram que só se consegue alcançar algo quando se aje e se luta em conjunto. Quando os interesses em questão beneficiam a todos, a toda a comunidade. O bem estar social de um depende do bem estar social de outro. Quem produz riqueza pelo trabalho também tem que se beneficiar dela.

Temos hoje a consciência de que ninguém é uma ilha e que só coletivamente poderemos tomar iniciativas e mudar o rumo dos acontecimentos. Não há mais no mundo pessoas passivas, alienadas, massificadas, desligadas da realidade.  As pessoas almejam a oportunidade e a chance de trabalhando e sendo produtivas, serem valorizadas e assim terem voz para se envolver nas decisões que podem mudar o rumo histórico de seu país.

Leitura:

“Perfis Cruzados.Trajetórias e Militâncias  Políticas no Brasil”. Beatriz Kushnir. São Paulo. Ed Imago. 2002.

“OCCUPY: movimentos de protestos que tomaram as ruas”. Slavoj Zizec, Tariq Ali, Vladimir Safatle e outros. Tradução de João Alexandre Peshanski, Lucas Morais e outros. São Paulo. Editora Boitempo e Carta Maior. 2012.



Vozes Caninas

Eu amo animais. Desde criança sempre tive um animal de estimação. Na maioria das vezes foi um cachorro. Foram muitos os que passaram por minha vida e deixaram muitas saudades. Shake, Whisper, Tobe, Susie, Lili, Judi, Lilica, Paloma, Nena, Mimosa, Vitório, Layca, Tape, Bob, Lobo, Luma, Marronzão, Peludinho, Pretinha, Teca, Zezinho. E ainda vou passar por muitos momentos de alegria na companhia dos cães que ainda tenho e de tristeza. Quando novamente passar pela triste experiência de perdê-los. Quando o tempo deles acabar e forem se juntar aos demais no plano espiritual dos animais. A cachorrinha  que abre esta postagem é a SANINHA.
Eu não sei viver sem cachorros. São fiéis, dóceis, companheiros, alegres, atenciosos, inteligentes, brincalhões, divertidos, sapecas, espertos. Nos bons e maus momentos de minha vida sempre tinha um ou dois animais de estimação para alegrar o ambiente da casa e me ajudar a recuperar a alegria, a confiança e a fé em Deus. Temos muitas lições a aprender com eles. Não só com os cães. Todos os animais. A principal lição é a do amor incondicional. A do amor que não pede nada em troca.  A devoção de amor pura e verdadeira que sempre demonstram para conosco, mesmo quando aborrecidos por algum motivo os enxotamos.
É muito bom e estimulante ter um animal de estimação em casa. Como estão sempre bem dispostos e motivados estimulam a alegria e o divertimento no ambiente familiar. Com os meus bichos por perto, não sei e não tenho a miníma idéia do que o que é mau humor, preguiça, ansiedade, tristeza e depressão.
Já está provado que o convívio com os animais dá equilíbrio, confiança, motivação. E ainda estreita os laços familiares e contatos sociais com outras pessoas. Por este motivo os animais são tão usados em tratamentos terapêuticos. Lembrei de três agora: o projeto cão do idoso, o projeto cão guia, e o projeto bichos senhores. Vale muito conhecer.
Houve uma época em que meu herói foi o RIN TIN TIN.  Um cachorro pastor alemão de um seriado americano que se passava no velho oeste. Junto do amiguinho orfão e da cavalaria americana, o cachorro enfrentava apaches e esnobava caráter, bravura, nobreza, confiança, humildade, perdão e lealdade. Gostava também da Lessie e do Benji. Nas histórias em quadrinhos eu me divertia com o Oto (o cachorro de estimação do sargento tainha da revistinha recruta zero).

 
Em outro período da minha vida, meus heróis foram representados pelos  personagens  macacos cornelius (interpretado pelo carismático ator roddy macdowall)  e zira (a talentoda e bonita atriz kim hunter) na trilogia O Planeta dos macacos.  Eu amava estes filmes e acompanhei também com interesse e frequência o seriado realizado para televisão. Tinha uma profunda admiração e carinho pelo casal de símios cornelius e zira que esbanjavam candura, educação, inteligência, diplomacia e muita humanidade.

 
Eu não gostava mesmo era do Beavis e Butthead. Dois personagens de um desenho de TV que viviam aprontando com os animais. Eu achava repugnante a postura desses personagens, que deviam ao contrário estimular o respeito e amor aos bichos. Também nunca frequentei circos.  Sempre achei incorreto manter animais como ursos, elefantes, macacos, cavalos, dromendários, tigres e leões fora de seu habitat natural sendo explorados em shows, malabarismos e sendo maltratados por seus donos e adestradores.
Meu cachorro o Pitty é adotado.
 
 
 

 
 
 
A maioria dos bichos de estimação que tive ao longo de minha vida foram  adotados ou recolhidos das ruas. A LILI viveu 14 anos conosco, e também foi adotada  por nós.



Desde 2003 sou voluntária em um abrigo que cuida de animais abandonados e carentes. Sou responsável por alguns dos animais que lá estão. São cachorros vítimas de abandono. A maioria cães idosos. São cães para os quais não consegui um lar, um dono. Mas esta entidade os aceitou. Pelo menos no abrigo tem atenção, carinho, alimento, medicação, mimos e vivem longe das agruras das ruas e dos maus tratos. O abrigo vai ter um blog e vou poder falar mais sobre o trabalho que lá é realizado pela dedicada Vilma e suas colaboradoras.


Bom, voltando ao motivo deste tema.
Acompanhei pelos noticiários no ano passado, muitas notícias boas e ruins. Tragédias e histórias de superação e esperança envolvendo “seres humanos e animais”. Confesso, no entanto, que as matérias que mais me fizeram chorar e tiraram a tranquilidade da minha existência foram as de agressão ao meio ambiente e as de maus tratos e violência contra os animais.
Histórias como a do cachorrinho burn, do cachorrinho titã, do fox paulistinha josé e dos cães arrastados pelos carros, do yorkshire agredido e morto por sua dona e a do cavalo queimadinho ganharam o mundo e despertaram nas pessoas sentimentos de impotência, tristeza, ódio, raiva, indignação. Também a vontade de lutar, defender e brigar pelos direitos dos animais.
Uma CAUSA que as ONGS de animais abraçaram com muita PAIXÃO, DETERMINAÇÃO, PERSEVERANÇA, DESPRENDIMENTO e CORAGEM. Porque com tantos animais para cuidar nos seus abrigos elas passam por inúmeras dificuldades financeiras para alimentar, vacinar e dar assistência a todos os seus protegidos, já que a atuação da maioria delas é restrita ou particular, não tem apoio do poder público ou vivem da ajuda de doações e poucos colaboradores. São inúmeras as ONGS de bichos no Brasil que lutam e defendem o bem estar e direitos dos animais. Graças a DEUS existem muitas. Os animais que sobrevivem a tragédias e catástrofes sempre recebem ajuda de ONGS nacionais ou entidades mundiais que os socorrem, resgatam, tratam e os encaminham para abrigos para serem reintegrados ao convívio social por meio de adoção.  Aliás, a adoção tão incentivada pelas ONGS é um bonito gesto e uma ótima opção para dar um lar para um animal abandonado e ajudar a esvaziar os abrigos de bichos que estão sempre superlotados.

Os animais merecem RESPEITO e LEIS mais SEVERAS que protejam a VIDA deles e seus DIREITOS. Os animais como os seres humanos tambem são criaturas divinas. Não são coisas. Sentem dor, fome, e tem também que cumprir sua jornada evolutiva. E merecem viver também com dignidade. Não consigo entender. Foge a minha compreensão saber que existem pessoas que judiam, maltratam, torturam e matam criaturas tão indefesas por pura ambição, maldade ou diversão.  Também é triste e lamentável ver tantos animais jogados nas ruas por irresponsabilidade de seus donos, desnutridos, doentes, podendo ser atropelados, envenenados e que podem morrer a qualquer momento pelas mãos de pessoas cruéis, sórdidas, indignas que não se importam com a desgraça deles. Devemos ter uma atitude e uma postura mais espiritualizada com relação aos animais. Eles merecem nosso amor, afeto, apoio, respeito e compaixão.
Vi nos noticiários que as denúncias de maus tratos contra os animais aumentaram. E não só em São Paulo. Sinal de consciência da população de que denúnciar a crueldade e maus tratos de bichos é uma forma de ajudá-los nesta luta pelo bem estar deles. Mesmo sabendo que qualquer pessoa que tente fazer algo pelos animais será alvo de críticas, piadas ou ironias, é bom saber que há muitas pessoas anônimas, públicas e influentes que se importam e lutam pelos seus direitos. Logo, se suspeitarmos de crueldade e maus tratos de animais, nem pensar em omissão. É uma vida que está em risco. É nosso dever denunciar este crime às autoridades competentes. Há uma legislação agora que os protege e pune os agressores com prisão e multa.
Eu me sinto indignada quando sei pelos jornais da morte de pessoas que morrem levantando a bandeira verde de proteção ao meio ambiente ou defendendo os direitos dos animais. A morte de Chico Mendes e do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo assassinados são perdas irreparáveis. São as vozes de seres humanos e heróis como estes que ainda me fazem acreditar em valores como caráter, honra, nobreza, honestidade, dignidade, respeito ao meio ambiente e solidariedade ao próximo.
Também estou feliz porque tenho visto na televisão, que muitas emissoras estão realizando programas e matérias jornalísticas com o empenho e boa vontade para educar, reeducar e estimular a posse responsável de animais de estimação.  E tem incentivado ainda a adoção e a denúncia contra crimes cometidos contra os bichos. Como o tráfico de animais silvestres.
Desejo sinceramente que a partir deste ano sejam criadas LEIS MAIS SEVERAS para todos aqueles que agridem, maltratam e matam animais. Minha me faz acreditar que todos os que cometem crimes contra estas criaturas tão indefesas, podem não ser punidos pelas leis terrenas, mas com certeza não escaparão da justiça de DEUS.

Sobre bichos:

“Os animais têm alma?” Ernesto Bozzano. Tradução e prefácio de Francisco K. Werneck. Rio de Janeiro. Niterói. Ed. Lachâtre.1998.
“Histórias animais que as pessoas contam”. Marcel Benedeti. São Paulo. Mundo Maior Editora. 2006.
“A alma dos animais”.  Irvênia Prada. São Paulo. Campos do Jordão.  Editora Mantiqueira. 1997.
“A cabeça do Cachorro”. Alexandra Horowitz. Ed. Bestseller. 2010.
“A vida emocional dos animais”. Marc Bekoff. São Paulo. Ed. Cultrix. 2010.
“Manifesto pelos Direitos dos animais”. Rafaella Chuay.  São Paulo. Editora Record. 2000.
“S.O.S Animal”. Edna Cardoso Dias. São Paulo. Ed. Littera Ltda. 1998.
“O Silêncio no prato”. Eugênio Trivinho. São Paulo. M. Fenai Editora e Artes Gráfcas. 1998.
“Crimes Ambientais”.  2ª. Edição. Arthur Migliari Junior. São Paulo. CS Edições. 2004.

FILMES:
a companhia dos lobos (1984), benjim – o cão desafia a selva (1987), uma dupla quase perfeita (1989), K9 - um policial bom pra cachorro (1989), todos os câes merecem o céu (1989), caninos brancos (1991), babe o porquinho atrapalhado (1995), 101 dalmatas (1996), homens de preto (1997), melhor é impossível (1997), meu melhor amigo (2001), “sobrevivendo com lobos” de véra belmont (2007), rin tin tin o filme (2007), marley e eu (2008).

Mulheres Arrojadas


Houve uma época em que minhas heroínas eram na maioria personagens de filmes, novelas ou seriados de TV. Elas representavam para mim a bandeira do feminismo e da feminilidade.
Posso citar entre estas personagens e heroínas: a júlia mattos (ex-presidiária da novela dancing days), a maria lúcia ou malu (a socióloga divorciada de malu mulher),a médica cris (do seriado mulher), a abnegada raquel (a mãe da ambiciosa e sem escrúpulos  maria de fátima da novela vale tudo), diane prime (a mulher maravilha), a policial sargento  suzanne “pepper” anderson (vivida por angie dickinson no seriado police woman), jaime sommers (a mulher biônica), sabrina/kelly/jill (as talentosas detetives de as panteras ou charlie´s angels), a agente clarice starling (agente do FBI no filme o silêncio dos inocentes),  a tenente ripley (da trilogia aliens), 
frances farmer (a atriz de personalidade forte e combativa), norma rae (a mãe solteira e operária  de fábrica de norma rae), joana kramer (de kramer vs  kramer). Mulheres pioneiras, seguras, destemidas, corajosas, talentosas, disciplinadas, empreendedoras, determinadas, altivas, competentes que equlibravam com perfeição candura, beleza e docilidade com inteligência, tenacidade  e independência.
Na ficção dos tempos atuais, com certeza elas seriam: margo channing (a atriz temperamental de a malvada), miranda/charlotte/samantha/carrie (do seriado sex
and the city), a noiva  black mamba (de kill bill), darcy mcguire (do que as mulheres gostam), arlene (a mãe dedicada de a corrente do bem), bree (a transexual de transamérica), nora baker (de loucos de paixão), cathy jamison (a professora com câncer em the big c),  joan (de a lula e a baleia), elizabeth (a advogada bem sucedida de destinos cruzados), marnie (a ladra de marnie confissões de uma ladra),  mame (de a mulher do século), hannah (de hannah e suas irmãs), laura henderson (de mrs henderson), a dra. Lisa cuddy médica endocrinologista (uma mulher  muito bem sucedida e diretora  do hospital princenton - plainsboro  do seriado house), e todas as mulheres dos filmes de pedro almodóvar e rodrigo garcia.
Hoje, minhas heroínas da ficção foram substituídas por heroínas do mundo real. Mulheres à frente de seu tempo que abraçaram causas socias, politicas, ambientais e humanas. E falo com muita admiração e orgulho os nomes de algumas delas que tem representado estas causas e lutas não só pelas mulheres. Por todas as minorias e que me inspiram valores humanos positivos como: liberdade, nobreza, responsabilidade, justiça, não-violência, ética, respeito, honra, disciplina, honestidade, solidariedade, esperança, caráter, determinação e perseverança.   
São elas: simone de beauvoir (a intelectual existencialista e escritora francesa) , wirginia woolf (escritora e ensaísta  britânica considerada uma das maiores autoras inglesas  do século XX), anais nin (autora francesa), maria adelaide amaral (roteirista, escritora e dramaturga), liliam jardim (cantora, compositora e multi-instrumentista),  jane fonda (atriz norte americana que foi ativista política nos anos 70), angela merkel/cristina  kirchner/hillary clinton/ michelle bachelet/dilma rousseff  (mulheres que ocupam postos de liderança/chefes de estado no mundo da politíca), violeta chamorro/janet  jagan/mireya elisa moscoso/michèle pierre-louis/golda meir/benazir bhutto/indira gandhi/mary robson, shirin ebad/wangari maathai/ aung san suu kyi (militantes e ativistas), ellen sirleaf/leymah gbowee/ tawa kkul karman (as três feministas ganhadoras do prêmio nobel da paz em 2011), erin  brockovich (ativista ambiental e presidente da brockovich research & consuting),  patricia lourival acioli (a honrada e corajosa juíza que foi  assassinada) , milena dias (a juiza do caso eloá), vislinda valois
a primeira juiza negra da bahia) ,aracy de carvalho (a justa), a jamaicana shelly ann fraser (medalhista em pequim), vivian cheruiyot (a melhor desportista femenina do mundo em 2011), yelena isinbayeva (atleta dona de  28 recordes mundiais), maurren maggi (saltadora brasileira medalhista), a jornalista mariane pearl (que luta pela paz é a viúva de daniel pearl, o repórter do wall street morto no paquistão),  natalia ginzburg (ensaísta, escritora, dramaturga e ativista política italiana), nise da silveira (médica psiquiatra e uma da  primeiras mulheres a se formar em medicina no brasil),  telma lobão (a ambientalista na bahia), brigitte bardot a atriz francesa (ex-atriz e hoje militante dos direitos dos animais  que criou a fundação brigitte bardot), marlice van vuuren (ambientalista na namíbia, que  fundou o
santuário  na´ankuse e cuida de  animais orfãos), susan boyle (a talentosa cantora inglesa),  frida kahlo (pintora mexicana), a major da policia militar pricilla azevedo (que recebeu o prêmio internacional por pacificação na comunidade santa marta), maria do espirito santo (ambientalista assassinada no pará),  chiquinha gonzaga (compositora), leila diniz (atriz fluminense e simbolo da revolução femenina no Brasil), e minha mãe. Uma de minhas heroínas do mundo real. Uma mulher de fibra, corajosa, lutadora e perseverante. Porque mesmo nos momentos mais difíceis de sua vida, nunca deixou de nos amar, educar e incentivar a ir atrás de nossos sonhos e projetos de vida. Devemos muito a ela. Meu pai, eu e meus irmãos pelos sacrifícios que fez por nós.
Na atualidade, também admiro o trabalho de muitas realizadoras e cineastas mulheres, talentosas, criativas, ousadas e muito competentes como: allison anders, eliana caffé, tatá amaral, niki  caro, sofia coppola, martha fiennes, lucrécia martel, marion hansel,  laetitta colombani, catherine hardwicke, izabel coixet, suzanie biér, andreá arnold, sara watt, nancy meyers, claudia llosa,  lone scherfig, martha coolidge, fina torres, antonia bird,  mira nair, jocelyn moarhouse, maria de medeiros, samira makhmalbaf,  agnés jaoru,  phyllida lloyd, léa pool e jasmilla zbanic. Com sua filmografia estas cineastas de várias nacionalidades e formações tem quebrado e desmistificado preconceitos, tabus e estereótipos sociais que têm sido atribuídos a figura femenina na sociedade.

Seja no mundo artístico, empresarial, politico, econômico, literário, educacional, esportivo, da saúde as mulheres conquistaram seu espaço. Hoje, temos mulheres incríveis e lutadoras em todas as àreas dando exemplos de coragem, empreendedorismo, competência, sabedoria, inteligência, capacidade e talento.
É claro que as conquistas femeninas ocorreram com muitas dificuldades, sacrifícios e obstáculos no “patriarcado”. Apesar de todas as pressões sociais a que as mulheres foram submetidas, elas nunca desistiram de sua jornada. As mulheres não aceitam mais o mito de que são inferiores aos homens. Prova concreta é que a capacidade de liderança das mulheres não é mais questionada. Já não há mais preconceito em se ver mulheres ocupando cargos de gerentes, diretores ou presidentes em áreas que antes pertenciam somente aos homens como engenharia, tecnologia, construção civil, recursos humanos, administração, comércio. Nas carreiras executivas as mulheres já ocupam também posições de gerência e supervisão. E mostram competência intelectual e energia no exército, marinha e aeronáutica.
Com seus direitos respeitados e assegurados, as mulheres se preocupam  mais com saúde, qualidade de vida e bem estar.Com a possibilidade de crescimento intelectual e econômico, conseguem conduzir ao mesmo tempo a família e carreira sem abandonar sonhos e projetos pessoais. Estão mais felizes e realizadas. Com os mesmos direitos que os homens, com acesso a educação e qualificação profissional, as mulheres já se tornaram chefes de família. Poder investir na carreira e continuar solteira é uma vitória a ser celebrada. Porque ser solteira e independente não é mais sofrer preconceito. Depois da realização profissional e da estabilidade financeira, a principal e mais importante conquista, “a maternidade” pode chegar após os 40 ou 50 anos. Basta a desejarem e as mulheres a alcançam.

Por serem mais pacientes, sutis, compreensivas, detalhistas e terem a capacidade inata de se envolverem com os compromissos com esforço e disciplina, as mulheres já levam vantagem em relação aos homens. Por isso, conseguem administrar tão bem trabalho, filhos, responsabilidades e serem bem sucedidas. As mulheres não são mais vistas como seres frágeis, indefesos, emocionais. Não são mais tratadas como vítimas. A “lei Maria da Penha” no Brasil é um avanço no combate a violência contra as mulheres. Há mais leis e delegacias especializadas que apóiam e protegem mulheres das violências físicas e humilhações psicológicas.






As mulheres conquistaram definitivamente seu espaço no mundo e muitas outras vitórias ainda serão alcançadas. A “emancipação femenina” representa a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Uma sociedade na qual todos tem os mesmos direitos e oportunidades. Uma sociedade mais humanista na qual nenhum grupo oprime ou submete outro grupo. Por todas estas conquistas, somos sim todas as mulheres merecedoras do “dia internacional da mulher” e devemos comemorar este dia com muita alegria, orgulho e satisfação.


Filmes Femenistas: magnólias de aço (1989), thelma e louise (1991), as bruxas de eastwick (1987), tomara que seja mulher (1986), tomates verdes fritos (1991), a excêntrica família de antônia (1995), clube das desquitadas (1996), cuidado com as gêmeas (1988), frances (1982 ), norma rae (1979), a rosa (1979 ), quatro mulheres e um destino (1994),  Kill Bill (2003),  do que as mulheres gostam (2000 ), o piano (1993), a corrente do bem (2000), as pontes de madson (1995), plenty – o mundo de uma mulher(1985), nós (2003), marie antoinette (2006), fatal (2008), monster (2004),  margot e o casamento (2007), terra fria (2005),  laços de ternura (1983), desejo probido (2000), aos treze (2003), notas sobre um escândalo (2006), verônica (2008), glória (1980),  a partilha (2001), rosa luxemburgo (1986),  frida (2002),  as horas (2001) , meninos não choram (1999) ,  o diário de Bridget Jones ( 2001), atração fatal (1987), mulheres do brasil (2006), bem me quer mal me quer (2001 ), volver (2005),  tudo sobre minha mâe (1999), mulheres á beira de um ataque de nervos(1988), destinos ligados (2009), coisas que você pode dizer só de olhar para elas (2000), questâo de vida (2005), a cor púrpura (1985), alfie- o sedutor (2003), libertárias (1996), a primavera de uma solteirona (1969), como eliminar seu chefe (1980), abaixo o amor (2003), a flôr do meu segredo (1995), sabor da paixão (1999) a macã (1998), a prova (1995), corações livres (2002), a vida secreta das palavras (2005), o tempo de cada um (2002), em segredo (2006).
Sobre cinema, feminismo, conquistas, direitos e história das mulheres:
“A mulher e o cinema: os dois lados da camera”. E. Ann Kaplan. Tradução de Helena Marcia Pessoa. Rio de Janeiro. Ed. Rocco. 1995.
“A mulher vai ao cinema”. Org. Inês Castro e José Lopes. Belo Horizonte. Ed. Autêntica. 2005.
“História das mulheres no Brasil”. Mary Del Priore. São Paulo. Ed. Contexto. 2000.
“Dicionário crítico do femenismo”. Org. Helena Hirata, Françoise Laborie, Hélène Doaré, Daniele Senotier. São Paulo. Ed. UNESP. 2010.
“O Segundo Sexo”. Vol.1 Simone de Beauvoir. Trad. Sergio Milliet. São Paulo. Ed. Nova Fronteira. 2000.
“Aracy de Carvalho e o Resgate de judeus. Trocando a Alemanha Nazista pelo Brasil”. Monica Raisa Schpun. Rio de Janeiro. Ed. Civilização Brasileira. 2011.

NOVO FOLÊGO


Desde que comecei a escrever no blog, tenho procurado não falar além da conta, evitar tratar de assuntos polêmicos e não fazer comentários negativos.
Por maior que seja a minha intenção de não ser tão pessoal neste espaço on line, ao escrever as postagens elas se tornam subjetivas. Elas são na maioria das vezes inspiradas e influenciadas por leituras, o que assisto na televisão. Idas ao teatro e cinema, lugares e ambientes que frequento. Atividades a que me dedico e reflexos das minhas atividades profissionais.
Não tenho pressa em publicar no blog os textos que escrevo.Tenho demorado para publicar as  postagens, não por falta de tempo para pensar e escrever. Mas sobre o que escrever. O interesse por um assunto começa no que observo no cotidiano, na vida diária. Tem ligação direta com a minha experiência de vida pessoal e profissional. Tem ligação com as pessoas com quem me relaciono.  As postagens são inspiradas também pelas experiências adquiridas em cursos e atividades artistícas que frequento e leciono. Não escolhi nenhum gênero literário como modelo para seguir e escrever. Prefiro a conversa. O diálogo. Que considero uma forma simples de escrita. São textos opinativos, informativos, reflexivos sobre temas que me interessam. E que considero importante compartilhar. Que a produção textual fale por sí mesma.
Depois de estar afastada do blog por várias semanas, decidi abandonar minha posição confortável de atriz. E de professora. E me posicionar. Dar minha opinião sobre três temas entre muitos que foram importantes e significativos no ano passado: as conquistas femeninas, os maus tratos de animais e a militância politíca mundial.