segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Aprender e se desafiar sempre




Sou professora. E aluna também. Estar aprendendo me possibilita  enxergar e trabalhar melhor as dificuldades que meus alunos possam vir a ter. Mas confesso, que é geralmente na solidão de uma sala de aula, criando e ensaiando, cometendo erros e fazendo tentativas que vamos descobrindo pouco a pouco o que precisamos melhorar, reaprender, recriar, inventar. Vou dar um exemplo. No caso do flamenco, pensando em termos de estilo de dança, sei que não é o suficiente coordenar braços, mãos, pernas e movimentos  em um ritmo perfeito. Ouvindo o cante e dialogando com a guitarra, precisamos expressar sentimentos e emoções que sejam traduzidas em expressão corporal. E mesmo dominando a técnica  deste estilo de dança,  conhecendo algumas regrinhas básicas, terei que saber uma hora  “improvisar”. Para inovar em qualquer área é preciso dominar primeiro  as bases, fazer bem o tradicional, para depois recriar e reinventar dentro de seu estilo e linguagem artística.



Autodidatismo.Como estudar? Como aprender e desenvolver um olhar pessoal sobre a técnica? Minha resposta em meus cursos e works é sempre a mesma: buscando referências. No trabalho que realiza, nos cursos que frequenta, assistindo o trabalho de profissionais que admira. Praticando muito o como fazer. Estudando a linguagem e estética do que quer aprender.


REFERÊNCIAS. Referências.É assim que tenho aprendido ao longo de minha vida e jornada como artista. Além de ler livros, revistas, assistir muitos filmes e peças de teatro, procuro principalmente acompanhar o trabalho artístico de profissionais que admiro(diretores, cineastas, atores, atrizes, bailarinos, quadrinistas, artistas plásticos...) e que inspiram e influenciam de alguma maneira meu jeito de trabalhar e fazer arte. Mas para evoluir não adianta ficar só na teoria. Insisto. É preciso praticar para valer.Conhecimento é diferente de informação. Porque quando você aprende, experimenta, compreende e “internaliza” este saber, você pode manusear, tocar e aperfeiçoar este conhecimento. Recriar a matéria. Eu gosto de me isolar muitas vezes. Sozinha, experimento coisas e me dou o direito de errar. E reaprender o que não funciona e melhorar.




domingo, 12 de janeiro de 2020