sexta-feira, 28 de abril de 2017

Contraponto.

Retomando projeto Contraponto, depois de me aperfeiçoar em aulas particulares de flamenco. Incluindo nas criações teatrais bata, mantón, abanico e sombrero. Acessórios que exigem muita prática e exercícios para depois saber  explorá-los em coreografias.







Lembrando, pois já escrevi sobre este tema.

O projeto Contraponto - Dança Dramática que já  finalizei é o resultado de um longo período de pesquisas e trabalhos práticos oriundos da área de dança flamenca. A primeira etapa deste projeto se intitulou Sala de Ensaios e buscou despertar o interesse pelo movimento expressivo através da integração de várias linguagens artísticas, principalmente o teatro e o flamenco. Depois de me reciclar  em aulas particulares por 8  meses em acessórios como bata, mantón, abanico e agora o sombrero, os estou  colocando dentro de quadros teatrais que já tinham sido criados. Eles tem uma nova função dentro do trabalho teatral inspirado no universo feminino de Lorca. Agora atualizei o trabalho teatral com uma visão mais universal da condição da mulher no mundo. Como vou ter aulas de canto, penso em abrir o espetáculo cantando. E talvez faça o mesmo no projeto Autoretratos.






quinta-feira, 27 de abril de 2017

Explorando novas áreas.

Encerro o mês de abril me decidindo finalmente, pela escola onde vou estudar canto. Foi muito difícil fazer a escolha. Tem excelentes escolas em São Paulo. Colegas que já trabalham em musicais me indicaram as melhores. Fui conhecer algumas, outras pesquisei apenas na web. A que escolhi, me conquistou pela metodologia. Gosto de ter liberdade para estudar e ir atrás de material para me aperfeiçoar. Vou começar com o canto popular.Depois partir para algo mais complexo como cantar em inglês e músicas de artistas que admiro. No momento, quero desenvolver meu potencial vocal. Tenho uma voz bonita e potente e acredito que com boas aulas de canto, posso cantar como uma profissional. Sou atriz. Cantar será mais uma habilidade artística que vai valorizar meu currículo como uma artista de teatro.



Ganhei um DVD duplo esta semana, desta grande artista que admiro e cuja presença na terra está fazendo uma falta enorme.No documentário AMY, Amy diz que sua principal influência é o Jazz. Eu adoro Bossa nova e  música popular brasileira. Elis Regina para mim é a rainha das cantoras brasileiras. Gosto e admiro o trabalho de muita gente. A música brasileira é a melhor do mundo. Com letras incríveis e que tocam a alma. Curto muitas cantoras internacionais também.  Ainda não escolhi o repertório. Mas de uma certeza eu tenho. Vou me dedicar e me aplicar muito nesta nova fase de minha vida. Porque um artista completo atua,canta,dança e dirige. Bem vindo mês de maio.
















quarta-feira, 26 de abril de 2017

Mulheres ao poder já.



Em todas as profissões é preciso ter foco, vontade, disciplina e muita paixão para se conquistar espaço, ter respeito e ser valorizado. Mais uma semana do mês de abril indo embora. Não demora muito e chega maio. Vamos seguir em frente, tentando sempre vencer as dificuldades e obstáculos que são colocados em nossos caminhos, com determinação e coragem. O sofrimento nunca vai durar uma vida toda. Fé e esperança. Sempre. Estou seguindo muitos grupos militares no face. Estou me sentindo muito orgulhosa de ver tantas mulheres conquistando espaços que antes só pertenciam aos homens. É incrível ver mulheres nas forças armadas mostrando que esta história de sexo frágil não existe mais. As mulheres são capazes, fortes, corajosas e guerreiras. Mulheres educadas podem tudo.Independente da carreira, só com muita disciplina, determinação e força de vontade é que se consegue vencer na vida.


sábado, 22 de abril de 2017

O DIA DA TERRA.






Dia da Terra: filósofo holandês escreve Carta à Humanidade
Data: 22 abril, 2017in: MEIO AMBIENTE, SUSTENTABILIDADE

Koert van Mensvoort, filósofo holandês – fundador da Next Nature Network e membro da ‘Next Nature’ na Universidade de Tecnologia em Eindhoven – escreveu uma ‘Carta para a Humanidade’ em apoio ao Dia Internacional da Terra, comemorado no dia 22 de abril. Em sua carta, ele convoca a humanidade a evitar se tornar escrava e vítima de sua própria tecnologia, mas empregar a tecnologia para aprimorar a raça humana. Sua carta está endereçada a todas as 7 bilhões de pessoas na Terra. Ela foi traduzida em 25 idiomas de todo o mundo e está endossada por embaixadores internacionais como o astronauta André Kuipers, o filósofo Bas Haring, o designer Daan Roosegaarde, o apresentador da National Geographic Jason Silva e a professora de arquitetura experimental Rachel Armstrong. 

Na carta, Van Mensvoort descreve como o homem entrou em uma nova fase evolucionária e que, além de criar a biosfera, atualmente também criou a suposta tecnosfera. De acordo com ele, seu impacto é semelhante à evolução dos animais há 500 milhões de anos. “Sua presença está transformando a face da Terra de maneira tão profunda que ainda será evidente daqui a milhões de anos”, escreve ele. De acordo com ele, o Homem está numa encruzilhada e pode fazer com que sua relação com a tecnologia se transforme num sonho ou num pesadelo. No cenário do pesadelo, a tecnologia possui um efeito parasita nos seres humanos e nos tornamos a primeira espécie a causar seu próprio fim. No do sonho, a tecnologia humana está baseada nas necessidades humanas como ponto de partida e, na verdade, é usada para criar um mundo mais natural. O último caminho é recompensador para a humanidade bem como para todo o planeta.

Koert van Mensvoort é filósofo, artista e membro da ‘Next Nature’ na Universidade de Tecnologia em Eindhoven. Ele é o fundador da Next Nature Network, uma fundação que explora e visualiza até que ponto estamos rodeados por uma tecnologia que está se tornando nossa ‘next nature’. Essa rede internacional agora possui membros em vinte países.

A carta em português pode ser lida em http://lettertohumanity.org/portugues/

ou abaixo.



Carta à Humanidade

Querida Humanidade,
Parece estranho escrever-te uma carta, admito. As cartas são geralmente dirigidas a um indivíduo ou a um grupo limitado de pessoas. Não é habitual escrever para a humanidade como um todo. Tu nem tens um endereço postal, e eu duvido que recebas muita correspondência. Ainda assim, pensei que estava na hora de te escrever.
Obviamente, eu compreendo que não posso chegar completamente a todos – porque a humanidade não só consiste em cada pessoa que está viva agora, mas também em todos os que já viveram. São 107 mil milhões de pessoas. E depois há todos os outros que ainda não nasceram – espero que haja muitos deles. Voltarei a isso mais tarde, mas antes de falar sobre o futuro, gostaria de olhar para trás. Fizemos um longo caminho, querida humanidade.

Nenhum outro animal moldou os seus arredores tão completamente como tu. Começou há algum tempo, há cerca de 200.000 anos atrás. Naquela época, não existia nenhum prémio Nobel por ter a brilhante ideia de usar peles de animais para manter o calor, ou controlar o fogo, ou inventar a lança ou o sapato. Todas estas foram invenções excecionalmente inteligentes que não apenas te permitiram sobreviver no teu indisciplinado habitat natural original, como também te permitiu moldá-lo à tua vontade e dominá-lo. Os seres humanos nem sempre foram tão poderosos. Durante muito tempo, foste uma espécie marginal, sem importância, localizada nalgum lugar no meio da cadeia alimentar, sem mais controlo sobre o teu ambiente do que os gorilas, borboletas ou alforrecas. Mantiveste-te vivo principalmente colhendo plantas, apanhando insetos, perseguindo pequenos animais e comendo carcaças deixadas por predadores muito mais fortes, com os quais viveste em constante medo. Sabias que há mais variação genética no grupo de chimpanzés normal do que há entre os 7 mil milhões de pessoas que vivem na Terra hoje? Os pesquisadores acreditam que isso ocorre porque os seres humanos quase se extinguiram uma vez e a população global de hoje descende de alguns sobreviventes. Esse facto obriga-nos a sermos modestos. Na realidade, é um milagre estarmos aqui. Fisicamente, em comparação com muitos animais, os seres humanos são criaturas surpreendentemente frágeis. Que outro animal entra no mundo nu, gritando e relativamente desamparado, presa fácil para qualquer predador que apareça? Um cordeiro recém-nascido pode andar dentro de algumas horas; uma criança humana leva cerca de um ano para ficar sobre os seus próprios dois pés. Outros animais têm sentidos específicos, órgãos e reflexos que lhes permitem sobreviver em ambientes específicos, mas tu não estás naturalmente equipado para qualquer habitat em particular. No entanto, esta fraqueza aparente também provou ser uma força, permitindo-te a propagação da savana até ao Polo Norte, ao fundo do oceano e à Lua! Essa é uma conquista única. Algumas pessoas até pensam que devias ir além da terra e povoar o universo. Por si mesmo, essa é uma ótima ideia, mesmo que seja para evitar que sejas destruído algum dia quando um meteorito maciço atingir o planeta. Isso seria uma vergonha. Para ser honesto, porém, penso que é um pouco cedo para procurares refúgio noutros mundos. Primeiro, vamos tentar resolver alguns problemas no nosso planeta natal. Porque tem que ser dito que a tua presença na terra causou problemas: aquecimento global, desflorestação, plástico nos oceanos, radiação ionizante, biodiversidade em declínio. É o suficiente para fazer uma pessoa deprimida. Às vezes parece que fazes mais mal do que bem! Muitas vezes encontro pessoas que acreditam que o planeta seria melhor se não estivesses aqui. Espero não te ofender dizendo isso, querida humanidade, mas sinto-me obrigado a dizer-te que há aqueles entre nós que desconfiam de ti, olham para ti com desprezo ou simplesmente não gostam de ti porque pensam que estás a arruinar o planeta. Eu apresso-me a acrescentar que eu não sou um deles. Eu sempre tive dificuldade em entender tal misantropia, porque, em última análise, é uma forma de ódio próprio. De onde vem essa desconfiança da humanidade? 

Numa investigação mais aprofundada, descobri que os infetados com ela têm uma imagem particular da humanidade que, na minha opinião, é completamente incorreta: eles vêem-na como uma espécie antinatural, que não pertence verdadeiramente à natureza romântica, bela e harmoniosa. Creio que este é um preconceito ingenuo que não nos ajudará a avançar, e devemos livrar-nos dele o mais rápido possível. Para entender essa ideia, precisamos de começar no início.

A Terra surgiu há mais de 4,5 mil milhões de anos. No início, não passava de uma pedra solitária no espaço, e levou mais de mil milhões de anos até que a biosfera do planeta se começasse a formar. Depois disso, levou cerca de 2 mil milhões de anos mais para as primeiras plantas multicelulares evoluírem. Outros mil milhões de anos depois, durante a explosão Cambriana, surgiu no planeta um tipo de vida completamente novo: os animais. Os primeiros animais surgiram em cena há 500 milhões de anos. Não sabemos como as plantas, que já existiam há cerca de mil milhões de anos, sentiram o surgimento dos animais. Como sabes, as plantas gostam de ser deixadas em paz; Elas não se movem muito e retiram sustento do sol e do solo. Agora, eu não sei o que as plantas pensam, uma vez que eu não posso falar com elas, mas não me parece impossível que elas tenham achado agitado e desconfortável ter que aturar os animais ao seu redor. Talvez até tenham visto os animais como antiéticos, não apenas porque fundamentalmente não tinham raízes e viviam num ritmo inimaginável, mas mais porque faziam algo que naquela época era completamente novo, nunca visto e abominável: os animais comiam plantas. Tudo considerado, a chegada dos animais pode não ter sido muito divertida para as plantas. A evolução é incessante, porém, e embora uma terra povoada apenas por plantas estava bem como estava, também era um pouco maçador, ou no mínimo, menos emocionante do que uma que continha animais também (eu vou poupar-te a uma descrição de como era no tempo em que a terra não tinha plantas, apenas pedras, o que era ainda mais maçador). Então, de volta para o papel da humanidade. 

Assim como o surgimento dos animais abalou o mundo vegetal, a tua chegada também causou problemas. Lembra-te, acabaste de chegar aqui. Os animais existem há cerca de 2.000 vezes mais tempo que os humanos, e a vida vegetal simples há mais de 7.000 vezes mais tempo. Mas eu não estou a dizer isso para te obrigar à modéstia, porque eu penso que és incrível. Embora sejas fundamentalmente uma espécie animal, há algo inteiramente único sobre ti, que tem menos a ver com a construção física humana – que, como eu disse, é menos do que impressionante – e mais com a tua tendência inerente para usar a tecnologia. Enquanto outras espécies de animais industriosos transformam os seus arredores – pensa em tocas de castor e montes de térmitas – nenhum deles o faz tão radicalmente como tu. Estou a usar a palavra “tecnologia” no sentido mais amplo: por “tecnologia”, quero dizer todas as formas como o pensamento humano tem um impacto no mundo que nos rodeia – roupas, ferramentas e carros, mas também estradas, cidades, alfabeto, redes digitais, e até mesmo empresas multinacionais e o sistema financeiro. Desde que nasceste, estás a construir sistemas tecnológicos para te libertares das forças voluntárias da natureza. Começou com um teto sobre a tua cabeça que te protegeu de uma tempestade e tem prosseguido todo o caminho até às drogas modernas para o tratamento de doenças mortais. Tu és tecnológica por natureza. Mas como um peixe que não sabe que está a nadar na água, tendes a subestimar o quão intimamente a tua vida está entrelaçada com a tecnologia e quanto é feito para ti. Olha para a esperança de vida, por exemplo. No início da tua existência, o ser humano médio não poderia esperar viver muito além da idade de 30 anos. Em parte por causa das elevadas taxas de mortalidade infantil, podias contar com a tua própria sorte se ficasses por aí o tempo suficiente para te reproduzires. Da perspetiva da Mãe Natureza, isso é inteiramente normal. Se vires um casal de patos com uma dúzia de patinhos a nadar atrás deles na primavera, não deves surpreender-te se existirem apenas dois, ou com sorte talvez três, restantes até ao fim do verão. A tecnologia faz parte de nós, da mesma forma que as abelhas e as flores evoluíram para serem interdependentes. À medida que as abelhas apanham o néctar, elas ajudam as flores a reproduzirem-se, espalhando o seu pólen. Os seres humanos são dependentes da tecnologia, e vice-versa. A tecnologia precisa de nós para se espalhar e reproduzir. E a humanidade, que ajuda enorme tem sido nesse ponto! A tecnologia tornou-se tão omnipresente no nosso planeta que abriu um novo ambiente, um novo cenário, que está a transformar toda a vida na Terra. Uma tecnosfera – uma ecologia de tecnologias interativas que evoluiu após a tua chegada – desenvolveu-se em cima da biosfera existente. O seu impacto sobre a vida na Terra dificilmente pode ser subestimado e é comparável, e talvez ainda maior, ao do aparecimento dos animais há 500 milhões de anos. De uma perspetiva evolucionária, tudo isso é o habitual. A natureza baseia-se sempre nos níveis de complexidade existentes: a biologia baseia-se na química, a cognição baseia-se na biologia, o cálculo baseia-se na cognição. Mas do seu ponto de vista, é excecional. Não consigo pensar noutra espécie cuja presença tenha desencadeado uma nova fase evolucionária, libertando-se de uma evolução baseada em compostos de ADN, gene e carbono, com milhões de anos. Assim como o ADN evoluiu a partir do ARN, as tuas ações tornaram possível um salto para a evolução não genética em novos materiais, como chips de silício. Embora não tenha sido um ato consciente, as consequências não são menores. A tua presença transformou a face da Terra tão fundamentalmente que o impacto ainda será visível daqui a milhões de anos. Esta é a tua obra, mas, até agora, tu mal pareces tê-lo percebido, e muito menos foste capaz de tomar uma posição clara em relação a isso.

Agora, eu compreendo que isso está longe de ser uma tarefa simples, só porque tu, a humanidade, não és um único ser pensante, mas uma confusão de milhões de indivíduos, todos com os seus próprios pensamentos, necessidades e desejos, que não estão realmente equipados biologicamente para pensar a um nível planetário em larga escala. No entanto, parece-me ser a questão mais premente do momento. Tu estás numa encruzilhada. E é por isso que te estou a escrever. No que diz respeito ao futuro, vejo dois caminhos possíveis ao longo dos quais podes desenvolver uma relação coevolucionária com a tecnologia: o caminho dos sonhos e o dos pesadelos. 

Vamos começar com os pesadelos. Toda a relação coevolucionária – seja entre abelhas e flores ou entre humanos e tecnologia – corre o risco de se tornar parasita. As relações parasitas, em contraste com as simbióticas, carecem de reciprocidade. Uma sanguessuga, uma tenia ou um cuco não devolvem nada ao seu hospedeiro; apenas tiram. Poderia a tensão que sentimos em torno da tecnologia ter algo a ver com isso? Apesar de usarmos a tecnologia desde tempos imemoriais, porque nos serve e estende as nossas capacidades, os seres humanos correm o risco de ser os que servem a tecnologia, de se tornarem um meio em vez de um fim, tornando-se hóspedes da tecnologia. Um exemplo pode ser visto na esfera farmacêutica. A medicação é, sem dúvida, uma tecnologia que salva vidas, mas quando as empresas farmacêuticas tentam maximizar os seus próprios números de crescimento, convencendo todos os que se desviam da média estatística de qualquer forma que ele ou ela tem uma doença e precisa do medicamento apropriado, temos que perguntar se eles estão realmente a servir a humanidade ou apenas a satisfazer as necessidades da indústria e dos seus acionistas. Onde fica exatamente a fronteira entre as tecnologias que facilitam a nossa humanidade e aquelas que nos encaixotam e roubam o nosso potencial inato? O espectro final é que tu, a humanidade, acabas por te tornar nada mais do que o órgão sexual que um organismo tecnológico maior requer para se reproduzir e se espalhar. Formas de vida encapsuladas dentro de outras maiores podem ser encontradas noutras partes da natureza: por exemplo, pensa na flora intestinal que executa várias tarefas úteis dentro dos nossos corpos. Será que em breve não seremos mais do que os micróbios na barriga da besta tecnológica? Nesse ponto, a humanidade não será mais um fim, mas um meio. E eu não vejo isso como desejável, porque eu sou uma pessoa, e eu estou a jogar pela equipa da humanidade.

Agora para o sonho.
O sonho é que tu acordas e percebes que ser um humano não é um ponto final, mas um processo. A tecnologia não altera só o nosso ambiente, em última análise, altera-nos. As mudanças vindouras permitirão que tu sejas mais humano do que nunca. E se usarmos a tecnologia para ampliar as nossas melhores qualidades humanas e para nos apoiar nas nossas fraquezas? Poderíamos chamar a essa tecnologia de humana, à falta de uma palavra melhor. A tecnologia humana tomaria as necessidades humanas como ponto de partida. Isso serviria os nossos pontos fortes, em vez de nos tornar supérfluos. Ela expandiria os nossos sentidos ao invés de os embotar. Seria sintonizada com os nossos instintos; pareceria natural. A tecnologia humana não só serviria os indivíduos, mas, em primeiro lugar, a humanidade como um todo. E por último mas não menos importante, iria perceber os sonhos que nós os seres humanos temos sobre nós próprios.
Então, com o que sonhas? Voar como um pássaro? Viver na Lua? Nadar como um golfinho? Comunicar pelo sonar? Telepatia com os teus entes queridos? Igualdade entre os sexos e as raças? A empatia como um sexto sentido? Uma casa que crescesse com a tua família? Queres viver mais? Talvez pudesses viver para sempre. Ouve, humanidade: tu já foste uma espécie relativamente insignificante, mas os teus dias de infância acabaram. Graças à tua inventividade e criatividade, levantaste-te da lama da savana. Tornaste-te num catalisador evolucionário que está a transformar a face da Terra. Esse processo não está completo. Tu és uma dobradiça entre a biosfera de onde surgiste e a tecnosfera que surgiu após a tua chegada. O teu comportamento afeta não apenas o teu próprio futuro, mas o planeta como um todo e todas as outras espécies que vivem nele. Essa não é uma responsabilidade pequena. Se não pensas que estás equipado para isso, devias ter ficado na tua caverna. Mas esse não é o teu estilo. Tens sido tecnológica desde o dia em que nasceste. O desejo de voltar à natureza é tão compreensível quanto impossível. Não só seria covarde diante do desconhecido, mas negaria a tua humanidade. Não podemos imaginar o futuro da humanidade sem pensar no futuro da tecnologia. Deves seguir em frente – mesmo que só agora tenhas chegado aqui. Tu és uma adolescente, mas está na hora de crescer. A tecnologia é o autorretrato da humanidade. É a materialização do engenho humano no mundo físico. Vamos fazer uma obra de arte de que nos possamos orgulhar. Vamos usar a tecnologia para construir um mundo mais natural e traçar um caminho para o futuro, que funcione não só para a humanidade, mas para todas as outras espécies, o planeta e, finalmente, o universo como um todo.

Para encerrar, eu gostaria de te pedir que faças algo. Gostaria de convidar cada um de vocês – vivendo e ainda não nascido, na Terra e noutros lugares – a fazer uma simples pergunta sobre cada mudança tecnológica que aparece na tua vida: isto aumenta a minha humanidade?A resposta geralmente não será preto ou branco, sim ou não. Mais frequentemente, será algo como 60 por cento sim, 40 por cento não. E às vezes discordarás com outras pessoas e terás de debater o assunto antes de chegar a um acordo. Mas isso é bom. Se todos nós consistentemente optarmos por tecnologia que aumenta a nossa humanidade, eu sei que vais ficar bem. Como? Isso continua por ser visto. Ninguém sabe como serão os seres humanos daqui a um milhão de anos, ou se haverá até mesmo seres humanos, e se assim for, se eu os reconheceria como humanos. Vamos aceitar implantes? Reprogramação do nosso ADN? O dobro do tamanho do nosso cérebro? Comunicar telepaticamente? Brotaram asas? Eu não sei e não posso saber. Mas a minha esperança é que daqui a um milhão de anos ainda haverá uma coisa como a humanidade. Porque enquanto houver humanidade, haverá seres humanos. Do núcleo da minha humanidade humilde e imperfeita, desejo-vos felicidade, amor e uma viagem longa e empolgante.

Na expectativa de que trarás triliões de pessoas mais, tudo de melhor,

Koert van Mensvoort

PS: Nota para o leitor individual: Depois de leres esta carta, por favor passa-a a um dos teus companheiros humanos. Se quiseres fazer mais, também podes copiar, traduzir, reimprimir e distribuí-la. A humanidade somos todos nós.




quinta-feira, 20 de abril de 2017

A mulher no mundo. Parte 1




Mia Farrow










Frances Farmer





 Eu já tinha escrito um post sobre este tema e o reproduzo de novo aqui.

"Dia do Trabalho"



Na época em que o livro “História das mulheres no Brasil” foi lançado, o comprei influenciada por uma resenha que tinha lido na folha de são paulo. Muito bem escrita a resenha descrevia  o seu conteúdo e porque a historiadora Mary Del Priore tinha decidido escrever esta história. Guardei a resenha e é a que está dentro do livro na foto abaixo. Confesso que tem um capítulo que me  fez chorar, porque mostra exatamente que a liberdade que tenho hoje (quero dizer as mulheres), para trabalhar, estudar, votar e decidir casar ou ser uma mulher independente foram conquistas e vitórias conseguidas por mulheres que lutaram e muito por estes direitos.  Estas mulheres foram as primeiras a irem na frente por serem arrojadas e corajosas, mesmo que isto tenha custado a vida ou a liberdade de muitas delas.  Ao contrário do que estudamos nos livros de história que sempre  narraram  os grandes feitos  e as grandes realizações comandadas pelos homens, as mulheres também foram responsáveis por muitos acontecimentos importantes desde que o mundo existe.   O grande mérito desta obra é a possibilidade de conhecer a história agora do "ponto de vista das mulheres."



Como nos livros de história, na maioria dos  filmes realizados, os homens sempre são os protagonistas, e as mulheres sempre atuam como coadjuvantes. Muitas vezes estão lá só para fazer figuração ou ser o par romântico ou afirmar a superioridade masculina. Sei que faltam bons papéis para as atrizes ou quando há bons personagens, ainda assim elas tem que trabalhar muito para mostrar seu talento e versatilidade. É preciso se investir em bons roteiros nos quais atores e  atrizes tenham ambos a oportunidade de mostrar os universos masculino e feminino como aconteceu no belo e poderoso filme A Separação. Roteiros que tiveram mulheres como protagonistas mostram que há interesse do público em apreciar filmes nas quais as mulheres protagonizam as histórias. Filmes bem sucedidos  como Preciosa, Histórias Cruzadas, A vida Secreta das Abelhas, Uma secretária de futuro, Maria Antonieta revelam que existe público para um cinema que possa valorizar também as mulheres e ser porta voz de seus anseios, sonhos, valores e expectativas. Tenho procurado assistir mais filmes nos quais as mulheres são as protagonistas das histórias e cujas  jornadas me fazem pensar e refletir a condição femenina no mundo.
Descobri vários blogs  nos quais as autoras indicam uma ótima relação de filmes sobre mulheres vencendo no mercado de trabalho e na vida. Meu favoritos? Norma Rae, Terra Fria, Pão e  Rosas, A Rosa,  Uma secretária de futuro, Frida, Uma estranha entre nós, A garota do Adeus, Uma mulher descasada, Maria Antonieta, Esta mulher é proibida,  O silêncio dos inocentes, Frances, Silkwood o retrato de uma coragem, Tomates verdes fritos  e toda a filmografia de Rodrigo Garcia e Pedro Almodovar.

Eu adoro filmes nos quais as mulheres são as protagonistas. Há muito para se mostrar, falar e pensar sobre a presença das mulheres no mundo. Mas se tiver que escolher um filme, o que melhor mostra os desafios que as mulheres tem de enfrentar para  vencer no patriarcado e  no mercado de trabalho ainda hoje, com certeza  eu escolho  NORMA RAE. E a série MALU MULHER.


daysecabralatriz: Mulheres Arrojadas

daysecabralatriz: Mulheres Arrojadas: Houve uma época em que minhas heroínas eram na maioria personagens de filmes, novelas ou seriados de TV . Elas representavam para mim a ban...

domingo, 16 de abril de 2017

Sobre batas e mantóns.



Nestas fotos ficam bem visíveis os detalhes de uma bata com volantes abaixo do quadril. Mas independente do modelo de saia, o importante é dominar mesmo a técnica e saber ouvir o cante, a guitarra e o interpretar. Já estou gravando videos com a primeira bata de cola vermelha modelo SEREIA que tem volantes abaixo do quadril. Os desenhos feitos no ar são muito sugestivos. Mas ainda acho que as batas com caudas triangulares ou redondas que tem volantes na altura ou abaixo dos joelhos dão mais liberdade de movimentos. Comparem nas fotos.


O movimento de bata de cola que mais gosto de realizar. Tenho a impressão de estar voando.


Os melhores tecidos para uma bata de cola são a microfibra, o crepe koshibo, o oxford e a chamourse. Rendas ainda não experimentei.




O cetim amassa muito.Não recomendo.Haja ginástica para desamassar a bata.


Eu costumo guardar as batas em uma sacola de TL.  Se  souber enrolar, amassa muito pouco.


Como na bata de cola, o mantón (xale espanhol) também exige técnicas específicas de manuseio antes de o colocarmos em uma coreografia ou baile. No youtube tem ótimas bailaoras que ensinam a utilizá-lo em bailes como alegrias e caracoles. Tem 3 tamanhos. E o peso influencia no movimento e desenho que se quer realizar.



domingo, 9 de abril de 2017

O que ando postando nas redes sociais.







Quem disse que atores e atrizes não podem ser temperamentais e terem atitude e personalidade. E defenderem seus valores e pontos de vista. Estou sempre procurando me inspirar em pessoas e artistas que tem uma visão muito pessoal sobre a vida, a sociedade e o mundo. Não há pior traição do que você trair por alguma razão ideais e valores nos quais acredita. O diretor martin scorsese em seu documentário“O cinema por Scorsese” diz que é possível conciliar valores  artísticos com exigências comerciais. Sim. Acredito que é possível. Mas é melhor assistirem o documentário e entenderem bem o contexto no qual ele declara  isto. Frances Farmer. Uma atriz maravilhosa que me inspira MUITO.










Nesta semana que encerrou, alguém que conheci me perguntou sobre como começar no flamenco antes de entrar no baile. Eu disse, comece ouvindo camarón de la isla. Vai começar a entender profundamente o flamenco. Depois, minha sugestão é conhecer a trilogia de Carlos Saura (bodas de sangue, carmen e amor bruxo) que ajudaram a divulgar o flamenco no Brasil. E conhecer um pouco do flamenco mais moderno que envolve linguagens como jazz, teatro,cinema,literatura e artes plásticas. No dvd IBERIA de Carlos Saura temos uma melhor compreensão destas fusões de linguagens artísticas.




Estive na casa de minha grande amiga e estilista Tereza Amaral. Retirei os figurinos do meu próximo projeto Autoretratos e para o segundo ensaio flamenco. Infelizmente não posso compartilhar tudo aqui. Passei também um ótimo sábado na companhia dela e de sua netinha. Que até me presenteou com um desenho, no qual ela rabisca sua visão pessoal sobre mim. 



Ainda sobre o tema flamenco, tenho amigos e amigas, parentes e conhecidos que ainda não me assistiram dançando. Penso em fazer um "evento fechado" entre o fim de ano e início de 2018 e convidar estes amigos para conhecerem meu trabalho como a artista que sou.Só falta definir o lugar, pois  há muitas opções em espaços alternativos em são paulo.






Eu amo e sou louca por animais. Desde que vim a este mundo não tem coisa que ame mais do que a companhia de bichos em minha vida. E com a adoção de animais que recolhi das ruas e influenciada pelo cinema, aprendi a respeitar e amar mais ainda estas criaturinhas divinas.Minha cachorrinha a Belinha. Recolhida das ruas em 2008.




Meus cachorros não são só membros da família. São filhos que aprendi a amar e respeitar muito. Gostaria que seres humanos que maltratam e judiam de animais por hábitos culturais, diversão e pura maldade mudassem urgentemente seus valores e protegessem aqueles que não podem se  defender da ambição, vaidade e frivolidade humanas.




Me perguntaram antes do feriadão sobre o meu novo canal. Ainda não posso falar nada e nem dar muitos detalhes. Mas posso adiantar que está ficando com o meu jeito e minha cara. Seguindo bem as dicas das revistas que li e estudei para colocar conteúdo com qualidade e de uma maneira original e criativa. Sou uma artista multidisciplinar.E quero explorar muito bem esta qualidade no canal. Minha dica de leitura abaixo.Eu não estou preocupada com pessoas que os youtubers chamam de HATERS.Sei que não vou conseguir agradar todos os que visitarem o canal. Comentários e críticas serão bem vindos se me ajudarem a melhorar o conteúdo dos vídeos com sugestões de temas que domino e interessantes. Agora,se tentarem me colocar pra baixo não vão conseguir mesmo.Vou excluir.







Postei no fim de março, no facebook, um reencontro com 2 dois grandes amigos fotógrafos.Lee de Paula e Ivan Pontes de a casa dos fotográfos.Realizaram o sonho de minha sobrinha.Um book de atriz mirim. E quem estava lá e me reconheceu de 2014? Meu querido amiguinho Fidel. Que acabou na época participando do meu book de atriz.Está lindo como sempre. Super brincalhão.Me reconheceu e me paparicou muito. Foi um dia muito produtivo.Como diz minha mãe que adora ditados populares."Quem tem amigos não morre pagão".







E por último, compartilhei este pensamento.A páscoa chegando e me pergunto se ainda vamos conseguir plantar(doar) mais amor aqui na terra.




terça-feira, 4 de abril de 2017

Bata de cola ensaios.

Para se inspirar e criar.



Sobre interpretação em cinema, me perguntaram se indicaram algum livro no programa do curso de cinema. Este livro é ótimo. Não dá nenhuma fórmula sobre como atuar em cinema, mas nos dá uma visão de como se preparar para este veículo. Eu vou ter um coach também uma vez por semana. Depois falo o nome dele para quem se interessar in box no face.








Entre os movimentos cinematográficos que vão influenciar meu trabalho e maneira de filmar cito o Dogma 95 e o Neo realismo. Movimentos nos quais a realidade está em primeiro plano.Seres humanos e relações humanas é o que fazem um bom filme alcançar pessoas.O cineasta Martim Scorsese dá uma aula sobre o Neorealismo neste documentário maravilhoso. Ele vai explicando características do movimento e exemplifica com belos filmes que marcaram sua vida como cinéfilo. Filmes que mais tarde vão influenciar seu estilo como realizador. Ele fala sobre iluminação e enquadramento,personagens e histórias muito humanas. Homenageia grandes cineastas realizadores como Roberto Roselini, Vitorio de Sica e Luchino Visconti.  Quem quer aprender a enquadrar, entender de movimentos de câmera e pontos de vista, tem que estudar e assistir os filmes deste grande realizador.Se não fosse esta aula de cinema, eu não teria descoberto em uma sebo em sampa o filme Umberto D.