quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mais teatro

Que motivo me levou a fazer teatro? Porque eu quis ser atriz? O motivo mais importante que me fez insistir na carreira de atriz foi o prazer de fazer teatro. O prazer de atuar. O teatro me seduziu muito antes de frequentar a escola de cênicas, porque sempre pensei no teatro como uma arte de reflexão, de crítica, de amor e estudo do ser humano. Teatro não é só divertimento.
Assistindo a espetáculos teatrais, lendo as obras de brecht, shakespeare, lorca, vianinha, Ibsen,  lope de vega, plinio marcos, nelson rodrigues e jorge andrade comecei a me conscientizar da importância social e política deste veículo de comunicação. 

Atuar em teatro tem sido experiência e aprendizado de vida para mim. O teatro me tornou uma pessoa muito melhor. Uma mulher generosa. Sensível. Equilibrada. O teatro realmente tem me ensinado a viver. Aprendi a ouvir. Aprendi a refletir e pensar graças ao exercício cênico. O meu ofício tem me possibilitado ser uma pessoa verdadeira e expandir a minha personalidade. Eu sou uma pessoa que tenho uma grande necessidade de me comunicar com os outros. E o teatro tem me possibilitado essa comunicação através da expressão dramática.  Teatro é paixão, é vocação, é sacrifício, é amor.  É doação pela e para a arte. Eu não sou ingênua. Eu também quero ser bem remunerada nesta profissão. Quero prestígio e reconhecimento público, como resultado de um trabalho que não visa só sucesso ou  lucro pessoal.


É correto lutar para ter uma posição na sociedade e bem estar pessoal. Mas acredito que acima de tudo nesta profissão está o ser humano. E a minha responsabilidade como artista. Usar a arte como um instrumento de reflexão do homem e da sociedade. Agora que teoria ou técnica eu vou usar pra alcançar esse objetivo eu não sei. Estou aberta e disponível. Vou trabalhar meu corpo  e me reeducar para este novo universo no qual vou  aprender a viver. Não importa então  a técnica ou o processo que vou utilizar. Eu estou disponível. De corpo e alma. É o meu ofício. É o que sei fazer. Vamos lá. O teatro é a minha profissão. Eu quero correr os riscos.

LER:



quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Teatro e cidadania.

Vou falar de teatro. Porque amo tanto fazer teatro, e o que o teatro representa em minha vida.
 Adolescente eu descobri o teatro no segundo grau. Na disciplina de Educação Artística. Muito tímida, o teatro me ajudou a melhorar minha oratória e comunicação em sala de aula. Descobri potenciais que até então não sabia possuir como criatividade, habilidade em lidar com o público, sensibilidade, iniciativa, persistência e curiosidade. O teatro passou então a ser um mecanismo de autoconhecimento em minha vida. Graças ao teatro comecei a aguçar o meu senso crítico, aprendi a exercitar diariamente o espirito de equipe, de cooperação. Praticando o teatro aprendi de modo criativo o sentido da disciplina, concentração, esforço, organização, entrega, força e determinação. Vivenciado o teatro passei a ter visão própria e diferenciada sobre todos os aspectos da vida. O teatro me deu autoconfiança, segurança. Graças ao teatro aprendi a me posicionar.

Fazer teatro para mim continua sendo um trabalho apaixonante e enriquecedor porque muito da minha formação hoje, como pessoa devo a esta arte de grande potencial politico, desmistificadora dos mecanismos opressores da sociedade.   O teatro deveria ser uma disciplina obrigatória em todas as escolas. Por causa da capacidade mágica e sublime que ele tem de mostrar outras formas de pensar e ver o mundo.  O teatro contribui para o desenvolvimento do espirito crítico e para uma postura mais aberta do ser humano possibilitando a ele se reinventar e se adaptar as novas situações e desafios que a vida oferece.
O teatro nos permite ver e compreender a realidade. É a arte dos excessos, mas principalmente da sensibilidade. E como toda manifestação artística muda condutas e comportamentos, cria valores. No teatro me fiz gente. O teatro tem sido o meu passaporte para o mundo. Para entender o potencial revolucionário do teatro, ler, estudar e refletir as obras de Oduvaldo Vianna Filho, Flávio Rangel, José Renato, Fernando Peixoto, Gianni Ratto, Peter Brook e Berthold Brecht. Leituras obrigatórias e essenciais para quem ama teatro. Para quem quer aprender a fazer teatro.
 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

E as postagens?


Queridos. Sei que demoro  para colocar conteúdo. Vocês tem me pedido por e-mail para eu publicar mais textos. Peço desculpas. Ando muito atarefada (graças a deus) com aulas e finalizando o meu último projeto sobre o qual vou começar a falar e compartilhar experiências.
Confesso também, que demorei  para postar conteúdos porque  estou curtindo os meus últimos presentes de aniversário.
Como para escrever necessitamos de temas, recomeço a escrever no blog esta semana indicando o que estou lendo, assistindo em digital etc. Comentem.
Gostaria de falar  e acrescentar mais informações sobre os temas abaixo.
LIVROS:
“Prazer e crítica: o conceito de diversão no teatro de Berthold Brecht” de Francisca Nogueira Teixeira. (Editora Annablume)
“Qual sua dúvida para o tema? A espiritualidade dos animais” de Marcel Benedeti. (Mundo maior editora)
DVD´s:
 Box "Brecht no cinema"  da Versátil.  IMPERDÍVEL e obrigatório  para quem quer conhecer Brecht o homem, o dramaturgo,  o artista e seu teatro.
“Serpico”de Sidney Lumet e “Lenny” de Bob Fosse. Al Pacino e Dustin Hoffman estão estupendos, em “estado de graça”.

Os primeiro filmes de Pedro Almodóvar: “Labirinto de paixões”, “O que eu fiz para merecer isto”, “Pepi , Luci, Bom e outras garotas de montão” da vintage filmes. Diversão pura. Almodóvar já era gênio até realizando filmes sem nenhum ou pouco orçamento. Na  minha opinião é o mais criativo e autoral realizador do século e daqui a mais uma centena de anos.

“Quando me apaixono” com direção da excelente atriz Helen Hunt. Ela também atua no filme e está maravilhosa. O tema é a maternidade. Helen se revela uma diretora talentosa e sensível e mostra que domina muito bem a linguagem cinematográfica. Lamentável mesmo só o título do filme em português, que não tem nada a ver com o título original “Then she found me” que faz mais sentido.
SERIADOS:
“Dr. House Sétima Temporada”. Sou suspeita para falar. Tenho todos os boxes anteriores. Considero “House” a melhor série americana na tv atualmente. Tudo é perfeito neste seriado: direção, atores, os argumentos de cada episódio, as locações e como elas influenciam nas descobertas das doenças, os conflitos entre os casais e colegas de trabalho, a direção de arte, os figurinos. Agora eu gosto mesmo é dos atores coadjuvantes. Atores muito talentosos cujo trabalho conheci melhor a partir deste seriado.  Um exemplo são os epsódios: maternidade, ordem para não ressucitar, histórias (primeira temporada); autópsia, tuberculose ou não, caçando, o erro, euforia parte1 e 2 (segunda temporada); consentimento informado, linhas na areia, Whac-A-Mole, insensível, meia esperteza, posição fetal, nas alturas (terceira temporada); sozinho, 97 segundos, o que for preciso, feio, congelada, a cabeça de house, o coração de Wilson (quarta temporada); morrer muda tudo, marcas de nascença, alegria ao mundo, o bem maior, infiel, na minha pele (quinta temporada); derrotado parte 1 e 2, o tirano, segredos, um dia daqueles, trancado (sexta temporada).

“Malu Mulher” e “Chiquinha Gonzaga”. Regina Duarte como sempre atuando com paixão, garra e profissionalismo. Seus trabalhos como ATRIZ  em televisão sempre me inspiram e motivam na  profissão de atriz. São aulas de interpretação.

TEATRO:
“Assim que passarem cinco anos” de Federico Garcia Lorca.  Tinha de ir assistir.  Não só por venerar e admirar demais este dramaturgo e poeta. Porque Lorca  é  o tema de meu projeto.

domingo, 4 de setembro de 2011

Porque decidi pertencer a Blogsfera?

Não tenho dúvidas de que a internet é uma poderosa ferramenta de negócios e que as redes sociais como o orkut, o facebook e os blogs  podem funcionar como um valioso instrumento de marketing pessoal e de conteúdos.A interação  virtual na web é realmente enriquecedora.Com um cliq conteúdos e informações(filmes, imagens, videos,  textos, artigos) podem ser baixados e acessados com frequência e enorme variedade. A Internet modificou os paradigmas sobre educação. Antigamente bastava frequentar a escola e se limitar aos conteúdos que os professores ofereciam dentro das salas de aula.Com a popularidade da rede só essa maneira de educar não faz mais sentido.E todos buscamos hoje novas maneiras de aprendizado.E é realmente um modo mais difícil de aprender, porque sem a cobrança de um professor  temos que ter mais motivação e disciplina para estudar. A internet possibilita estudar onde e quando se tem condições ou disposição, sem sair de casa e até no trabalho.Adotei a internet como uma ferramenta de aprendizagem, pensando nas facilidades que ela poderia  me proporcionar como ter maior acesso a  informações,  educação,e consumo.Consumo sadio quero deixar claro. Muitos livros e materiais pedagógicos relacionados ao meu trabalho e que não encontrei no Brasil, só tive acesso a eles importando estes materiais de outros países como a Espanha. Comecei a usar computadores para digitar textos e elaborar bons trabalhos acadêmicos.Hoje, como professora e atriz  uso a tecnologia como uma ferramenta  de comunicação e de conhecimento  que pode  auxiliar no ensino e na aprendizagem de conteúdos. Planejo aulas e atividades que são elaboradas usando os recursos que a internet disponibiliza.

Por isso, pensando nos benefícios virtuais que a web oferece decidi agora pertencer a blogsfera. Compartilhar material, publicar conteúdos, fazer comentários em blogs e interagir na rede com os internautas é um desejo que agora vejo realizado.Não vou utilizar o meu blog só como um diário pessoal. Mas como um espaço democrático no qual possa trocar e expandir conhecimentos, palpitar e falar sobre as experiências e atividades do cotidiano, dissertar sobre temas e assuntos que me inspiram,interessam e incomodam de maneira construtiva. E é lógico.Conversar  sobre a minha formação intelectual e ideológica de artista. Falar do papel que a educação teve e continua exercendo em minha vida (os livros, as leituras, os filmes e  os espetáculos teatrais que assisto, os cursos que frequento, as aulas que leciono) e as lições que a vida me deu e continua me ensinando. Quero falar sobre as circunstâncias que me conduziram á arte dramática, falar da profissão de ator e atriz, das dificuldades e dos caminhos que estou percorrendo para chegar a um reconhecimento. Quero conversar também sobre meus fracassos, êxitos e espectativas com relação aos meus próximos trabalhos e projetos profissionais, compartilhar todas essas experiências com outros artistas e interessados. A necessidade de liberdade artística e criação autoral é o que move a criação deste blog.

sábado, 3 de setembro de 2011

Força de vontade e disciplina como qualidades profissionais.


Recentemente assisti 300 e A paixão de cristo. E confesso que fiquei profundamente tocada por estes filmes. Principalmente fui tocada pela força épica presente neles. Força épica como sinônimo de resistência e obstinação, motivada pela grandeza de sacrifício do ser humano  frente  a um mundo violento e feroz.E eu pensei: “Nossa meu Deus.Isso não é só filme.Houve mesmo uma época em que as pessoas faziam sacrifícios por motivos maiores que elas mesmas.Havia algo pelo que valia a pena lutar, morrer.Ter a chance de morrer por algo que acreditavam, era a glória”.
Então, fiz uma comparação com a nossa época e percebi como estamos desprovidos de valores. Por isso, estamos muito menos motivados que os espartanos e Jesus. E sabem qual é o motivo? Porque falta persistência, perseverança, dedicação, motivação e disciplina. Motivação aliás é a chave do êxito e do sucesso em todas as profissões. Sem motivação não se chega a lugar nenhum. Quando eu estou motivada e disposta tudo fica prazeroso e fácil. E a vontade é melhorar cada vez mais o meu desempenho e compartilhar o que aprendi com os meus colegas e outros profissionais. É isso o que eu sinto. E tento a cada dia melhorar e estimular mais e mais a minha motivação.