sábado, 31 de março de 2012

Vozes Caninas

Eu amo animais. Desde criança sempre tive um animal de estimação. Na maioria das vezes foi um cachorro. Foram muitos os que passaram por minha vida e deixaram muitas saudades. Shake, Whisper, Tobe, Susie, Lili, Judi, Lilica, Paloma, Nena, Mimosa, Vitório, Layca, Tape, Bob, Lobo, Luma, Marronzão, Peludinho, Pretinha, Teca, Zezinho. E ainda vou passar por muitos momentos de alegria na companhia dos cães que ainda tenho e de tristeza. Quando novamente passar pela triste experiência de perdê-los. Quando o tempo deles acabar e forem se juntar aos demais no plano espiritual dos animais. A cachorrinha  que abre esta postagem é a SANINHA.
Eu não sei viver sem cachorros. São fiéis, dóceis, companheiros, alegres, atenciosos, inteligentes, brincalhões, divertidos, sapecas, espertos. Nos bons e maus momentos de minha vida sempre tinha um ou dois animais de estimação para alegrar o ambiente da casa e me ajudar a recuperar a alegria, a confiança e a fé em Deus. Temos muitas lições a aprender com eles. Não só com os cães. Todos os animais. A principal lição é a do amor incondicional. A do amor que não pede nada em troca.  A devoção de amor pura e verdadeira que sempre demonstram para conosco, mesmo quando aborrecidos por algum motivo os enxotamos.
É muito bom e estimulante ter um animal de estimação em casa. Como estão sempre bem dispostos e motivados estimulam a alegria e o divertimento no ambiente familiar. Com os meus bichos por perto, não sei e não tenho a miníma idéia do que o que é mau humor, preguiça, ansiedade, tristeza e depressão.
Já está provado que o convívio com os animais dá equilíbrio, confiança, motivação. E ainda estreita os laços familiares e contatos sociais com outras pessoas. Por este motivo os animais são tão usados em tratamentos terapêuticos. Lembrei de três agora: o projeto cão do idoso, o projeto cão guia, e o projeto bichos senhores. Vale muito conhecer.
Houve uma época em que meu herói foi o RIN TIN TIN.  Um cachorro pastor alemão de um seriado americano que se passava no velho oeste. Junto do amiguinho orfão e da cavalaria americana, o cachorro enfrentava apaches e esnobava caráter, bravura, nobreza, confiança, humildade, perdão e lealdade. Gostava também da Lessie e do Benji. Nas histórias em quadrinhos eu me divertia com o Oto (o cachorro de estimação do sargento tainha da revistinha recruta zero).

 
Em outro período da minha vida, meus heróis foram representados pelos  personagens  macacos cornelius (interpretado pelo carismático ator roddy macdowall)  e zira (a talentoda e bonita atriz kim hunter) na trilogia O Planeta dos macacos.  Eu amava estes filmes e acompanhei também com interesse e frequência o seriado realizado para televisão. Tinha uma profunda admiração e carinho pelo casal de símios cornelius e zira que esbanjavam candura, educação, inteligência, diplomacia e muita humanidade.

 
Eu não gostava mesmo era do Beavis e Butthead. Dois personagens de um desenho de TV que viviam aprontando com os animais. Eu achava repugnante a postura desses personagens, que deviam ao contrário estimular o respeito e amor aos bichos. Também nunca frequentei circos.  Sempre achei incorreto manter animais como ursos, elefantes, macacos, cavalos, dromendários, tigres e leões fora de seu habitat natural sendo explorados em shows, malabarismos e sendo maltratados por seus donos e adestradores.
Meu cachorro o Pitty é adotado.
 
 
 

 
 
 
A maioria dos bichos de estimação que tive ao longo de minha vida foram  adotados ou recolhidos das ruas. A LILI viveu 14 anos conosco, e também foi adotada  por nós.



Desde 2003 sou voluntária em um abrigo que cuida de animais abandonados e carentes. Sou responsável por alguns dos animais que lá estão. São cachorros vítimas de abandono. A maioria cães idosos. São cães para os quais não consegui um lar, um dono. Mas esta entidade os aceitou. Pelo menos no abrigo tem atenção, carinho, alimento, medicação, mimos e vivem longe das agruras das ruas e dos maus tratos. O abrigo vai ter um blog e vou poder falar mais sobre o trabalho que lá é realizado pela dedicada Vilma e suas colaboradoras.


Bom, voltando ao motivo deste tema.
Acompanhei pelos noticiários no ano passado, muitas notícias boas e ruins. Tragédias e histórias de superação e esperança envolvendo “seres humanos e animais”. Confesso, no entanto, que as matérias que mais me fizeram chorar e tiraram a tranquilidade da minha existência foram as de agressão ao meio ambiente e as de maus tratos e violência contra os animais.
Histórias como a do cachorrinho burn, do cachorrinho titã, do fox paulistinha josé e dos cães arrastados pelos carros, do yorkshire agredido e morto por sua dona e a do cavalo queimadinho ganharam o mundo e despertaram nas pessoas sentimentos de impotência, tristeza, ódio, raiva, indignação. Também a vontade de lutar, defender e brigar pelos direitos dos animais.
Uma CAUSA que as ONGS de animais abraçaram com muita PAIXÃO, DETERMINAÇÃO, PERSEVERANÇA, DESPRENDIMENTO e CORAGEM. Porque com tantos animais para cuidar nos seus abrigos elas passam por inúmeras dificuldades financeiras para alimentar, vacinar e dar assistência a todos os seus protegidos, já que a atuação da maioria delas é restrita ou particular, não tem apoio do poder público ou vivem da ajuda de doações e poucos colaboradores. São inúmeras as ONGS de bichos no Brasil que lutam e defendem o bem estar e direitos dos animais. Graças a DEUS existem muitas. Os animais que sobrevivem a tragédias e catástrofes sempre recebem ajuda de ONGS nacionais ou entidades mundiais que os socorrem, resgatam, tratam e os encaminham para abrigos para serem reintegrados ao convívio social por meio de adoção.  Aliás, a adoção tão incentivada pelas ONGS é um bonito gesto e uma ótima opção para dar um lar para um animal abandonado e ajudar a esvaziar os abrigos de bichos que estão sempre superlotados.

Os animais merecem RESPEITO e LEIS mais SEVERAS que protejam a VIDA deles e seus DIREITOS. Os animais como os seres humanos tambem são criaturas divinas. Não são coisas. Sentem dor, fome, e tem também que cumprir sua jornada evolutiva. E merecem viver também com dignidade. Não consigo entender. Foge a minha compreensão saber que existem pessoas que judiam, maltratam, torturam e matam criaturas tão indefesas por pura ambição, maldade ou diversão.  Também é triste e lamentável ver tantos animais jogados nas ruas por irresponsabilidade de seus donos, desnutridos, doentes, podendo ser atropelados, envenenados e que podem morrer a qualquer momento pelas mãos de pessoas cruéis, sórdidas, indignas que não se importam com a desgraça deles. Devemos ter uma atitude e uma postura mais espiritualizada com relação aos animais. Eles merecem nosso amor, afeto, apoio, respeito e compaixão.
Vi nos noticiários que as denúncias de maus tratos contra os animais aumentaram. E não só em São Paulo. Sinal de consciência da população de que denúnciar a crueldade e maus tratos de bichos é uma forma de ajudá-los nesta luta pelo bem estar deles. Mesmo sabendo que qualquer pessoa que tente fazer algo pelos animais será alvo de críticas, piadas ou ironias, é bom saber que há muitas pessoas anônimas, públicas e influentes que se importam e lutam pelos seus direitos. Logo, se suspeitarmos de crueldade e maus tratos de animais, nem pensar em omissão. É uma vida que está em risco. É nosso dever denunciar este crime às autoridades competentes. Há uma legislação agora que os protege e pune os agressores com prisão e multa.
Eu me sinto indignada quando sei pelos jornais da morte de pessoas que morrem levantando a bandeira verde de proteção ao meio ambiente ou defendendo os direitos dos animais. A morte de Chico Mendes e do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo assassinados são perdas irreparáveis. São as vozes de seres humanos e heróis como estes que ainda me fazem acreditar em valores como caráter, honra, nobreza, honestidade, dignidade, respeito ao meio ambiente e solidariedade ao próximo.
Também estou feliz porque tenho visto na televisão, que muitas emissoras estão realizando programas e matérias jornalísticas com o empenho e boa vontade para educar, reeducar e estimular a posse responsável de animais de estimação.  E tem incentivado ainda a adoção e a denúncia contra crimes cometidos contra os bichos. Como o tráfico de animais silvestres.
Desejo sinceramente que a partir deste ano sejam criadas LEIS MAIS SEVERAS para todos aqueles que agridem, maltratam e matam animais. Minha me faz acreditar que todos os que cometem crimes contra estas criaturas tão indefesas, podem não ser punidos pelas leis terrenas, mas com certeza não escaparão da justiça de DEUS.

Sobre bichos:

“Os animais têm alma?” Ernesto Bozzano. Tradução e prefácio de Francisco K. Werneck. Rio de Janeiro. Niterói. Ed. Lachâtre.1998.
“Histórias animais que as pessoas contam”. Marcel Benedeti. São Paulo. Mundo Maior Editora. 2006.
“A alma dos animais”.  Irvênia Prada. São Paulo. Campos do Jordão.  Editora Mantiqueira. 1997.
“A cabeça do Cachorro”. Alexandra Horowitz. Ed. Bestseller. 2010.
“A vida emocional dos animais”. Marc Bekoff. São Paulo. Ed. Cultrix. 2010.
“Manifesto pelos Direitos dos animais”. Rafaella Chuay.  São Paulo. Editora Record. 2000.
“S.O.S Animal”. Edna Cardoso Dias. São Paulo. Ed. Littera Ltda. 1998.
“O Silêncio no prato”. Eugênio Trivinho. São Paulo. M. Fenai Editora e Artes Gráfcas. 1998.
“Crimes Ambientais”.  2ª. Edição. Arthur Migliari Junior. São Paulo. CS Edições. 2004.

FILMES:
a companhia dos lobos (1984), benjim – o cão desafia a selva (1987), uma dupla quase perfeita (1989), K9 - um policial bom pra cachorro (1989), todos os câes merecem o céu (1989), caninos brancos (1991), babe o porquinho atrapalhado (1995), 101 dalmatas (1996), homens de preto (1997), melhor é impossível (1997), meu melhor amigo (2001), “sobrevivendo com lobos” de véra belmont (2007), rin tin tin o filme (2007), marley e eu (2008).

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