quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Teatro e cidadania.

Vou falar de teatro. Porque amo tanto fazer teatro, e o que o teatro representa em minha vida.
 Adolescente eu descobri o teatro no segundo grau. Na disciplina de Educação Artística. Muito tímida, o teatro me ajudou a melhorar minha oratória e comunicação em sala de aula. Descobri potenciais que até então não sabia possuir como criatividade, habilidade em lidar com o público, sensibilidade, iniciativa, persistência e curiosidade. O teatro passou então a ser um mecanismo de autoconhecimento em minha vida. Graças ao teatro comecei a aguçar o meu senso crítico, aprendi a exercitar diariamente o espirito de equipe, de cooperação. Praticando o teatro aprendi de modo criativo o sentido da disciplina, concentração, esforço, organização, entrega, força e determinação. Vivenciado o teatro passei a ter visão própria e diferenciada sobre todos os aspectos da vida. O teatro me deu autoconfiança, segurança. Graças ao teatro aprendi a me posicionar.

Fazer teatro para mim continua sendo um trabalho apaixonante e enriquecedor porque muito da minha formação hoje, como pessoa devo a esta arte de grande potencial politico, desmistificadora dos mecanismos opressores da sociedade.   O teatro deveria ser uma disciplina obrigatória em todas as escolas. Por causa da capacidade mágica e sublime que ele tem de mostrar outras formas de pensar e ver o mundo.  O teatro contribui para o desenvolvimento do espirito crítico e para uma postura mais aberta do ser humano possibilitando a ele se reinventar e se adaptar as novas situações e desafios que a vida oferece.
O teatro nos permite ver e compreender a realidade. É a arte dos excessos, mas principalmente da sensibilidade. E como toda manifestação artística muda condutas e comportamentos, cria valores. No teatro me fiz gente. O teatro tem sido o meu passaporte para o mundo. Para entender o potencial revolucionário do teatro, ler, estudar e refletir as obras de Oduvaldo Vianna Filho, Flávio Rangel, José Renato, Fernando Peixoto, Gianni Ratto, Peter Brook e Berthold Brecht. Leituras obrigatórias e essenciais para quem ama teatro. Para quem quer aprender a fazer teatro.
 

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