terça-feira, 4 de outubro de 2011

O cinema inspira a vida e se nutre dela

Muita gente acha que o cinema hoje é só entretenimento.  Que por causa dos negócios que dominam o meio artístico, o cinema perdeu a sua função social de melhorar o mundo e nos fazer acreditar mais no espírito humano. No altruísmo das pessoas. Eu não tenho essa visão. Considero o cinema uma fonte de inspiração para a vida. Apesar da barreira de linguas e as diferentes culturas retratadas nos filmes, o cinema é uma arte que possibilita entender o mundo como consequência das relações sociais. Aprendo muito assistindo a filmes. O cinema é uma arte universal que não tem nacionalidades, porque seu idioma é o comportamento social. É o ser humano aprendendo a viver em sociedade. É o ser humano entendendo e se desentendendo com o mundo. Aprendemos muito assitindo a um bom filme, porque expandimos nossa percepção verbal e não verbal.


O cinema possibilita ver e repensar a realidade em que vivemos, quando testemunhamos os conflitos humanos que ocorrem dentro das sociedades divididas em classes. E muitas vezes o cinema até estimula nossa luta diária em busca de nossos objetivos, porque está cheio de histórias de esperança, motivação, liderança, persistência, empreendedorismo e lições de como vencer as dificuldades da vida e ser vitorioso.

Uma das histórias mais bonitas que me lembrei agora é a história de Henri Charriere que foi retratada no filme PAPILLON. Quando assisti PAPILLON tinha 16 anos e nunca mais esqueci. É a história comovente de um homem condenado à prisão perpétua por assassinato. Obcecado em ser de novo um homem livre, Papillon fica tentando fugir da prisão até que consegue.  Um filme muito bonito e estimulante que tem muito conteúdo motivacional.
Gosto muito de usar o cinema como um recurso pedagógico em minhas atividades diárias, escolares e profissionais, por causa da possibilidade material que esta arte tem de ampliar nossos conhecimentos e habilidades.

Assistindo um bom filme como “O Albergue Espanhol” é possível estudar e conhecer bem melhor o idioma de um país, conhecer lugares e sua cultural local e regional.

Sei também que muitas vezes já culparam o cinema de promover e estimular a violência, o racismo e até modismos. Mas acredito que a culpa não é do cinema. E sim de pessoas que assistem filmes e não são capazes de formar e ter uma opinião mais concreta sobre a realidade e saem por aí fazendo bobagens e comentendo crimes.    Eu me inspiro muito no cinema, no teatro, na música, nas artes plásticas e na literatura para ser uma pessoa motivada para trabalhar, viver, criar e desenvolver projetos artísticos e profissionais. Por exemplo, para criar um texto para meu monólogo de atriz me inspirei no cinema.  Busquei inspiração no personagem de um filme. No personagem/ator MICHAEL DORSEY do filme TOOTSIE, interpretado pelo talentoso ator Dustin Hoffman. Dustin Hoffman interpreta um ator cuja natureza meticulosa, exigente, valores éticos e teimosia o tem afastado de trabalhos em Nova York. MICHAEL DORSEY ama sua profissão. Tem princípios e valores profissionais nos quais acredita firmemente e que o fazem se desentender e muito com o seu agente. Desempregado como ator acaba conseguindo um papel femenino em um seriado de TV, usando o talento que sabe ter e sem abrir mão de seus valores profissionais, éticos e artísticos.  O filme conta a história de um ator em busca de trabalho, as dificuldades que encontra pelo caminho para consegui-lo, e mostra ainda os bastidores da produção de uma série de televisão. Por ter me identificado muito com o personagem e sua luta para conseguir trabalho, me inspirei neste filme e criei a minha cena. Uma atriz com gênio forte que está passando pela mesma situação. 

 Assisti o filme Tootsie e creio que é impossivel a um ator que batalha pelo seu espaço e reconhecimento no meio artístico não se identificar com a luta, valores e a postura do ator Michael Dorsey. Sabemos que ser um ator de verdade não tem nada a ver com ser uma celebridade ou uma estrela de cinema e televisão nos Estados Unidos. É mesmo muito difícil conquistar um espaço nesta profissão em qualquer lugar do mundo. Não só devido á competição, mas muitas vezes porque é difícil conciliar valores pessoais e artísticos com dinheiro e negócios. Eu mesma já abri mão de oportunidades que embora me garantissem um bom rendimento, não tinham nada a ver com a satisfação de realizar um bom trabalho artístico. Michael Dorsey é um ator de teatro batalhador, culto, experiente e muito talentoso. Acredito que tendo formação teatral e tendo tido contato com grandes teorias do teatro está mais preocupado em ter amadurecimento e realização profissional do que ter fama, dinheiro e visibilidade.
Também assisti a entrevista do ator Dustin Hoffman sobre a realização do filme Tootsie que está nos extras do dvd, e fiquei muito emocionada com o depoimento deste grande ator, fiquei emocionada de ver a  maneira como ele  encara a profissão artística, sentir sua paixão e dedicação a arte  da representação, ver o quanto ele ama o seu ofício. EU me sinto muito orgulhosa de pertencer a esta classe profissional, porque apesar de todas as dificuldades da profissão nunca desistimos do ideal artístico.
O cinema é realmente uma arte inspiradora para se aprender a viver.
Ainda este mês vou falar dos principais motivos que me levaram para profissão de atriz: os filmes altruístas de frank capra, o cinema politico da década  de 70 e o ator dustin hoffman cujo trabalho eu admirava desde lenny e liberdade condicional.

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