Estou apaixonada por cinema e me sinto muito motivada a estudar e traballhar com este formato. Principalmente com a direção e realização de filmes. Estou aprendendo a lidar com o “formato digital” e confesso que me sinto muito estimulada a escrever, dirigir e buscar recursos para produzir os filmes. O “formato digital” tem viabilizado a produção de filmes no mundo, e tem possibilitado a muitas pessoas apaixonadas por cinema experimentar propostas estéticas alternativas para filmar com orçamento limitado. Como as filmadoras e câmeras digitais permitem gravar muitas imagens, o diretor tem muita liberdade criativa para inventar e acrescentar novas idéias que não estão impressas no roteiro. Ensaiando nas locações, ele pode pensar em maneiras diferentes de enquadrar uma mesma cena. Assistindo seu elenco improvisar no set, ele estimula a espontaneidade e talento de seus atores e atrizes, que trabalhando de forma colaborativa, contribuem durante as filmagens com idéias e sugestões que podem não só modificar ou acrescentar cenas e diálogos ao roteiro como enriquecer os seus desempenhos. Há muitas histórias que quero contar e o formato digital vai me possibilitar estas experiências, viagens e conhecimentos. E também trabalhar como atriz na área de audiovisual. Vou prosseguir com os cursos livres de atuação para video e buscar também formação em cinema a nível técnico. Já escolhi a escola que oferece formação em dois anos. Tenho pressa. Tenho bons projetos que precisam sair do papel e serem realizados. Então estes cursos no momento são a melhor escolha.
Há uma moçada formada por jovens diretores independentes cujo trabalho ousado e criativo estou conhecendo melhor em festivais de cinema e que tem me inspirado e motivado a trabalhar duro na realização deste projeto. Entre eles estão Pedro Urano, Paulo Pons, Gustavo Spolidoro, Gustavo Beck, Marcelo Pedroso, Eduardo Valente, Felipe Bragança, Daniel Caetano, Ilana Feldman, Guto Parente, Sérgio Borges, Lila Rodrigues e Karine Ades, Cristiano Burlan, João Rocha e Renata Gabriel, Daniel Bandeira, David Mendes França, Petrus Cariry, Eryk Rocha, João Jardim, Gabriel Mascaro, Marcos Felipe, Marcial Renato e Daniel Matos. Estes jovens profissionais estão mostrando que é possível sim fazer cinema autoral, criativo e com qualidade mesmo quando se tem poucos recursos. Acompanho também com interesse o trabalho de dois jovens cineastas muito talentosos, Marco Dutra e Juliana Rojas. Seria uma honra trabalhar um dia com esta dupla de realizadores paulistas formados pela ECA-USP. Fazer filmes de ficção em formato digital significa ter um espaço para maior experimentação e liberdade criativa para inventar e não se deixar influenciar pelas velhas fórmulas televisivas. A proposta é realizar filmes abertos, despojados e provocantes capazes de influenciar a audiência.
Os cinco Cs da cinematográfia: técnicas de filmagem. Joseph V. Marcelli. Tradução de Janaina Marco Antonio. Revisão Técnica de Francisco Ramalho Jr. São Paulo. Summus Editorial. 2010.
Lendo as imagens no cinema. Laurent Jullier e Michel Marie. Tradução de Magda Lopes. Editora Senac. São Paulo. 2009
Direitos autorais na obra cinematográfica. Ivana Crivelli. Editora Letras Jurídicas. 1ª. Edição. São Paulo. 2008.
Como ver um filme. Ana Maria Bahiana. Editora Nova Fronteira. São Paulo. 2012.
A linguagem de cinema. Marcel Martin. Editora Brasiliense. São Paulo. 2ª. Edição. 2009.
O cinema metafísico de Robert Bresson. Thiago L.C. Pereira e Carlos Frederico Gurge Calvet. Editora Batel. 1ª. Edição. Rio de Janeiro. 2011.
Cinco mais cinco. Os maiores filmes brasileiros em bilheteria e crítica. Carlos Diegues, Luis Carlos Merten, Rodrigo Fonseca. Organizador Marcos Didonet. Legere Editora. São Paulo. 1ª. Edição. 2007.
5 X Favela. Agora por nós mesmos. Organizado por Paola Barreto e Izabel Diegues. Editora Empório do Livro. São Paulo. 2010.
Curtas Extraordinários. Russel Evans. Tradução de Edson Furmankiewicz. Editora Campus. 1ª. Edição. Rio de Janeiro. 2010.
O Roteiro de Cinema. Michel Chion. Editora Martins Fontes. São Paulo.1989.
Lições de Roteiristas. Kevin Conroy Scott. Tradução de Angelica Coutinho e Beatriz Pena Vogel. Editora Civilização Brasileira. Rio de Janeiro. 2008.
Walter Salles. Uma Entrevista. Carlos Helí de Almeida. Editora Design Azul. Rio de Janeiro. 2002.